DOKA LANGUAGE: A ORIGINALIDADE NO BEAT Notícias O QUE ESTÁ POR TRÁS DAS MÚSICAS DE SIDOKA? O nome Sidoka vem do indu budismo, onde significa “aquele que trouxe o que nunca foi visto”. Se isso já diz muito sobre o artista, ao ouvir seu Trap, com um flow tão original, se entende como ele inovou criando a Doka Language. Nicolas Paolinelli, verdadeiro nome do Sidoka, começou upando seus sons no SoundCloud, para se divertir com os amigos, sem imaginar a proporção que isso tomaria um dia. A TRAJETÓRIA Depois de lançar 27 músicas no SoundCloud, “Doka” profissionalizou seu trabalho lançando no Youtube. Com o passar do tempo, foi conhecendo mais pessoas e teve a oportunidade de participar de uma apresentação ao vivo, onde ele chamou a atenção de outro rapper mineiro, que havia explodido na cena: Djonga. Ele gostou tanto, que chamou Sidoka para participar de uma faixa do seu álbum, chamada “UFA”, em que o refrão, muito marcante, é praticamente o mesmo da faixa “Nativo”, primeiro som que Doka lançou no Youtube, que diz: “Sei que sou, Mais que penso e penso djow, Se eu jogo, eu venço […]” Daí em diante, sua carreira não parou de ganhar mais e mais visibilidade. Em 2019, ele foi um dos destaques do Trap Nacional, principalmente com o álbum “Doka Language”, que fez muito sucesso. Em 2020, já veio pesado com o álbum “Merci” e também com uma Mixtape, fruto da quarentena, de nome “Futuruz”. Além disso, ele frequentemente lança músicas soltas, mantendo sempre uma boa constância de novidades na cena. Uma dessas, foi o hit “Fuuga”, que acaba de bater a marca de 5 milhões de visualizações, em menos de 3 meses. O som, foi produzido pelo DJ Coala, junto de seu ex-aluno Jatobá Beatz. QUER VER COMO FICOU? OUÇA ESSE HIT CLICANDO AQUI A DOKA LANGUAGE Falar de suas músicas e não falar do seu flow é impossível. Ele tem algumas influências, como Young Thug e Future, mas a maneira que une velocidade e as diferentes formas de pronunciar as palavras, abreviando e juntando duas em uma só, torna sua “levada venenosa” algo único. Com esses elementos, ele criou a famosa Doka Language, que de longe, é o que mais atrai seu público. Por causar uma sensação de “não entendi nada, mas isso é bom demais”, ele desperta o interesse das pessoas em captar o que foi dito nas músicas. Pra ajudar, ele geralmente disponibiliza as letras na descrição dos vídeos. Mesmo lendo, captar a mensagem que ele passa não é tão fácil, pois há muito duplo sentido, como no hit “Porshe”: “Porshe, Porshe, Peita da Lost […]” Onde ele fala da marca de roupas e ao mesmo tempo faz uma referência à quem “peitá-lo”, que vai se perder. Os “adlibs”, ou seja, as “dobras” ou até mesmo “cacos”, que solta nas músicas, não são novidade no trap. Mas os que ele faz, com seu timbre agudo de voz, acrescenta mais originalidade ainda ao seu som, tanto que ele é considerado um dos melhores nisso. Quando se juntam todas as vozes, processadas com muito Auto-Tune, em cima dos seus beats, o resultado é algo extremamente melódico e envolvente. OS BEATS O instrumental de seus sons, possui uma cara de Trap, somado a algumas características mais específicas, como o espaço maior para a voz, dado através das pausas e solos de elementos. Em seu hit “Olha p oclin” isso fica bem claro. A melodia e harmonia de seus sons são extremamente envolventes, e se complementam, passando um sentimento de tensão e/ou de sonho, levando o ouvinte pra longe, como se ele estivesse viajando. Geralmente, são feitas com timbres de pianos, sinos, flautas, xilofones e plucks. COMO FAZER SIDOKA TYPE BEAT? SE LIGA AQUI! O 808 (grave) de seus beats sempre vem muito pesado, explorando saturação e as vezes usando o glide, que dá efeito de um slide entre notas (como se estivesse deslizando de uma para outra). Só ouvir a música “Ela adora veneno”, produção do Neo Beats e “Mentiroza”, produção do DogDu Beat$ (mestre e ex-aluno da Academia de Beats), que fica fácil de perceber isso. Já a bateria possui timbres bem digitais, característicos do Trap, com a linha de pratos dando groove, a snare e/ou clap marcando, o kick reforçando o 808 e também atuando no repique dele. Geralmente, as percussões são pontuais, mas fazem toda a diferença, preenchendo mais ainda o som. COMO COMEÇAR UM BEAT? VEJA 6 DICAS PARA DAR O PRIMEIRO PASSO Por fim, cabe a reflexão de uma mensagem que a Doka Language deixa: a de ser original, ou seja, quem você realmente é. Isso não vai agradar a todos, mas com certeza vai te agradar, que é o mais importante. E ainda, uma boa parte vai olhar pra sinceridade do que você está mostrando e vai gostar, porque vai enxergar verdade. Portanto, seja original, não fuja da sua essência. Ser você é ser realmente feliz!